A Educação Matemática é uma área recém-criada em relação à Matemática, ciência milenar, bem estruturada, pautada em bases lógicas e bem definidas. Ela não possui uma única metodologia de estudo, nem tampouco uma teoria visivelmente representada, entretanto, está centrada em pesquisar o ensino e o aprendizado da Matemática. Dentre os vários componentes que são incorporados ao campo da Educação Matemática, ocasionalmente, são produzidos materiais metodológicos que podem ser incorporados pelo docente em suas realizações diárias (BARONI; NOBRE, 1999). Esses “objetos” são estabelecidos a partir de uma reflexão teórico-metodológica e são difundidas por meio de propostas didáticos-pedagógicas. No campo da Educação Matemática é o que conhecemos como “tendências” ou “linhas de pesquisas” tais como a Modelagem Matemática, a Etnomatemática, a Informática, a Resolução de problemas, a Formação de Professores, a Filosofia da Matemática, a Psicologia da Matemática e a História da Matemática. Entretanto, não podemos reduzir a História da Matemática apenas como um simples “objeto” metodológico, visto que ela é uma área de conhecimento matemático, um campo de investigação científica que “dá acesso a diferentes ideias, argumentos, temas e outras questões que foram esquecidas (ou abandonadas), incentivando novas reflexões sobre a construção do conhecimento” (SAITO, 2015, p. 20). Ainda nessa vertente, Miguel e Miorin (2004, p. 186) ressaltam que a História da Matemática investiga:Nesse sentido, a História da Matemática ainda pode ser considerada uma valiosa ferramenta para o docente, visto que pode favorecer uma interpretação mais crítica da matemática estudada e a compreensão da própria construção do conhecimento matemático. Portanto, estabelecer um diálogo entre a História e a Matemática é estritamente relevante. Além de permitir entender as mudanças e a preservação