O livro “BIONAS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA: experiências no Observatório da Educação para Biodiversidade” é uma jornada, por diferentes regiões do Brasil, que convida a percorrer e apreciar a (bio)diversidade nos modos de viver a vida, falar de educação e experimentar docência e formação de professores. Diz o dicionário que caravana é um grupo de peregrinos, mercadores ou viajantes que, por medida de segurança, se juntam para viajar pelo deserto. Com o objetivo de investigar aspectos relativos à formação de professores de ciências/biologia e sua relação com a Educação para a Biodiversidade o livro nos convoca, por meio de textos potentes e instigadores, a acampar, conhecer e acompanhar os trabalhos realizados pela “Caravana da Diversidade”, uma trupe itinerante de pesquisadores(as), professores(as), estudantes e simpatizantes que percorreu treze mil e oitocentos quilômetros em território brasileiro resgatando e dando visibilidade a histórias, movimentos e saberes plurais que se materializam em bionarrativas sociais (BIONAS). Essas narrativas são vozes colhidas e acolhidas em diferentes comunidades que agregam desde canções, saberes de povos que produzem farinha no território amazônico, sonoridades que ecoam do triângulo mineiro, estalam na quebra do coco babaçu e ressoam toadas do Maranhão. Os textos, reunindo narrativas de saberes e práticas, (re)criam uma memória biocultural que nos faz lembrar que “DE NORTE A SUL É TUDO PARENTE”.

Esperança é tudo o que mais precisamos para seguir. Praticar é uma forma de materializar, vivificar coisas. Animados por esse sentimento-ação professores-pesquisadores do Brasil e da Colômbia, congregados em um grande evento, contam, pensam, criam e experimentam formas de seguir na vida docente e no ensino da Biologia praticando o verbo esperançar. Falam de uma alquimia da esperança feita de ações, experimentações, vibrações que movimentam ideias e ideais políticos e sociais. Corporificam e dão espessura a práticas que sacodem a formação docente e as formas de lidar com o ambiente, com a ciência, o currículo, a escola e tantos outros espações que contemporaneamente educam produzindo subjetividades. Mais do que um livro os 19 textos aqui reunidos produzem um encontro plural com os desafios que se fazem presentes no cotidiano de quem continuamente aprende-ensina sobre/com a vida e os viventes. Sílvia Chaves & Sandra Bastos

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências – GEPENCI está completando dez anos de atuação como Grupo estabelecido no CNPq e para comemorar essa data tão especial nos brinda com os artigos que compõem o 6º livro da Coleção Ensino de Biologia, que tem o sugestivo título, “Ensino de biologia: entre formação e a prática docente”. As produções são oriundas de pesquisas e estudos desenvolvidos por professores e estudantes do GEPENCI e de convidados de outras instituições. Versam sobre o ensino de Biologia/Ciências e têm como figura central o professor, que, acima de qualquer metodologia ou ferramenta pedagógica, é a pedra de toque de uma educação heterotópica e de um ensino de biologia encarnado na vida e no vivente. Aceite o convite! Venha e regale-se com essa festa acadêmica. O aniversariante é o GEPENCI. mas, o presente é todo nosso

O livro “Infinito Particular” traz uma coleção de fragmentos que contam um pouco das muitas possibilidades que Silvia pode assumir: Professora, Bióloga, Orientadora, Mãe, Amiga, Filha, Companheira, Viajante, Estrangeira… Todas essas possibilidades de existência ignoram fronteiras e limites: elas se experimentam, se cruzam, se atravessam, se juntam e (por que não?) entram confronto. Uma vida que se atreve, que vai em frente, que experimenta, que pulsa, que vibra e faz vibrar na mesma sintonia outras vidas. Um barco no mar, totalmente à deriva… Ao sabor das ondas, inventa os portos onde é levado a ancorar por alguns instantes ou por tempos infinitos. Os capítulos-fragmentos não deixam a menor dúvida de que procurar pela unidade ou princípio de coerência é pura ilusão, perda de tempo! Eles semeiam algumas pistas, expõem alguns traços, apontam vestígios para que possamos nós mesmos, inventar uma história no coletivo como um carrossel de gente em torno das cores alegres, das fotos, dos mosaicos… Falta apenas que gire! O livro celebra a partilha, a disponibilidade, a amizade e a docência amorosa e comprometida de uma professora que se espalha e se inventa em cada fragmento que nos oferece. Leiam… Experimentem… Vibrem… Se permitam embarcar nessas sensações. Mas é preciso avisar: Só não se perca ao entrar, nesse infinito particular! Sandra Nazaré Dias Bastos