Maçonaria – origens e dilemas

Não há consenso, no debate historiográfico sobre as origens da Maçonaria; mas para uma série de autores, geralmente não-historiadores, haveria uma origem da Ordem. Bastaria depurar todas as narrativas, confrontando-as com a fontes (assim considerados apenas os documentos oficiais), salvaguardas de toda-verdade, para assinalar “verdadeiro” ou “falso” em tudo aquilo que, de escrito aos itens de cultura material e práticas rituais, diz respeito aos fazeres maçônicos. Na quase totalidade desses escritos, aparecem usos muitíssimo equivocados do conceito de anacronismo afim de sustentar que “o que não estava lá” (como objeto ou como ideia/conceito) desde o princípio (num dado marcador originário), é anacronismo por ter sido ali colocado. A síntese, posta aqui em termos simplistas, desvela a compreensão de uma história contínua, linear e disputada entre posturas de progressismo e de conservadorismo (esta última, a dos “puristas”), sem quebras de paradigmas, rupturas e sínteses dialéticas que demarcam os fluxos e refluxos da história, ocultando também as forças conflitivas que peleiam nesse espectro. E são desconsideradas, nesses procedimentos, tanto as mudanças que, como processos históricos, afetam as estruturas sociais (objetos da ciência histórica) quanto a historicidade dos fenômenos sócio-históricos, ou seja, mitificações e mesmo falseamentos que adentram à História e se fundem aos objetos de interesse do historiador. Sob essa perspectiva crítica, o presente esforço tem o objetivo de contribuir para o assentamento de uma nova abordagem que não conceba pura e simplesmente uma História da Maçonaria; mas uma História Social da Maçonaria, ainda por ser escrita.

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Não há consenso, no debate historiográfico sobre as origens da Maçonaria; mas para uma série de autores, geralmente não-historiadores, haveria uma origem da Ordem. Bastaria depurar todas as narrativas, confrontando-as com a fontes (assim considerados apenas os documentos oficiais), salvaguardas de toda-verdade, para assinalar “verdadeiro” ou “falso” em tudo aquilo que, de escrito aos itens de cultura material e práticas rituais, diz respeito aos fazeres maçônicos. Na quase totalidade desses escritos, aparecem usos muitíssimo equivocados do conceito de anacronismo afim de sustentar que “o que não estava lá” (como objeto ou como ideia/conceito) desde o princípio (num dado marcador originário), é anacronismo por ter sido ali colocado. A síntese, posta aqui em termos simplistas, desvela a compreensão de uma história contínua, linear e disputada entre posturas de progressismo e de conservadorismo (esta última, a dos “puristas”), sem quebras de paradigmas, rupturas e sínteses dialéticas que demarcam os fluxos e refluxos da história, ocultando também as forças conflitivas que peleiam nesse espectro. E são desconsideradas, nesses procedimentos, tanto as mudanças que, como processos históricos, afetam as estruturas sociais (objetos da ciência histórica) quanto a historicidade dos fenômenos sócio-históricos, ou seja, mitificações e mesmo falseamentos que adentram à História e se fundem aos objetos de interesse do historiador. Sob essa perspectiva crítica, o presente esforço tem o objetivo de contribuir para o assentamento de uma nova abordagem que não conceba pura e simplesmente uma História da Maçonaria; mas uma História Social da Maçonaria, ainda por ser escrita.

Informações

Peso 304 g
Dimensões 1 × 17 × 24 cm