Este livro é produto de um esforço coletivo tanto da equipe que pesquisou e redigiu o material como dos alunos-professores que freqüentaram a 3ª edição do projeto de Ensino Continuado – PEC, sediado na Faculdade de Educação da USP, cujos depoimentos registram o significado do curso para sua vida pessoal e profissional. A intenção é fornecer aos leitores uma visão multifacetada de um complexo processo que reuniu durante 3344 horas, 876 alunos que foram graduados, 66 docentes e cerca de 280 videoconferencistas que, em um esforço comum, procuraram qualificar o ensino e a aprendizagem na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental. O destaque dado à Educação Infantil nessa terceira edição do Programa se deu pela razão de a maioria dos alunos atuarem nesse segmento e, conseqüentemente, pela consideração da relevância da mesma. AS análises dos resultados obtidos assim como sugestões para iniciativas de ensino presencial apoiado por mídias interativas serão úteis tanto em seus múltiplos aspectos positivos como para evitar procedimentos que podem não dar os resultados esperados.

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Este livro reúne as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais – Núcleo Gera, da Universidade Federal do Pará. Apresenta uma diversificada e profusa produção, pois sintetiza o vínculo que empresta significado à atuação universitária – ensino, pesquisa e extensão. Nascido há dez anos, iniciou suas atividades como grupo que realiza pesquisas em torno dos processos de formação docente, percebidos a partir do lugar que neles ocupa a questão da educação para as relações étnico-raciais. O Gera tem pautado sua trajetória por meio da manutenção de um compromisso que é tanto ético quanto cívico. Ele é ético, pois procura reunir na sua atuação a vocação universitária. É cívico porque entende a formação docente como algo mais que a qualificação profissional, percebida como o dimensionamento de um compromisso político, posto ser a escola o espaço inicial de exercício de direitos e, por extensão, da cidadania. Ser professor no Brasil, neste sentido, é trabalhar para a reversão do quadro de injustiças, de desrespeitos e de deformações que caracterizam a vida brasileira, do qual a discriminação racial é uma faceta, não a única, porém, mais vil e perniciosa que as demais. Que os próximos dez anos sejam tão produtivos quanto os que passaram. Boa leitura! Viva o Gera!